quarta-feira, 23 de março de 2016

Arte: a ferramenta de um Deus

Mozart
Quando ouvimos grandes obras de Beethoven ou Mozart, não conseguimos imaginar como um compositor (naquele período) conseguia compor tais obras, de onde os compositores conseguiam tal inspiração?  É possível entender as mensagens por trás de uma obra?

Definir a música não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os significados dessa prática. No meu modo de ver a coisa, música são os afetos de nossa alma mediante ao som, e pelo visto os compositores também acham isso, abaixo algumas citações que comprovem isso:  

Ludwig Van Beethoven: Sinto que Deus e os Anjos estão mais próximos de mim na minha arte, do que os outros. Entro em comunhão com eles sem temor. A música é o único acesso espiritual nas esferas superiores da inteligência.

Pitágoras: A música é a arte que realiza melhor e mais rapidamente a fusão do nosso espírito com o todo.

Johan Sebastian Bach: A música é uma revelação muito mais sublime do que toda a sabedoria ou filosofia.

Caravaggio "Amor Victorious" 1602-(Gemäldegalerie, Berlín)

A inspiração de qualquer compositor sempre foi algo que não conseguiam explicar em palavras, apenas em notas, porem como toda arte, esta interpretação não é tão simples como se parece, pois os sentimentos do compositor podem estar escondidos em pequenos trechos ou passagens, ou até mesmo sendo uma união dos movimentos em comparação a algum evento que tenha marcado sua vida.

O artista tem por motivação passar alguma mensagem em sua obra, não necessariamente divina, mas sim tudo aquilo que habita em seu coração, de forma universal. As histórias de cada composição que mais chamam a atenção de todos sempre são marcadas por tragédias ou grandes amores, quando conseguimos passar essa mensagem de forma que seja lembrada por mais de 300 anos, esta arte com certeza obteve um grande sucesso, segundo Albert Einstein, não devemos desprezar a espécie humana sabendo que Mozart foi um homem.


REQUIEM- 1854 painting by William James Grant
Exemplo de tal expressão é a composição do mesmo Mozart citado por Einstein, sua obra: Réquiem in D minor foi composta para uma missa fúnebre em 1791. Pela história a obra foi composta para um desconhecido que se recusou a identificar-se, neste mesmo período Mozart perde seu pai Leopold na qual tinha grande afinidade. Infelizmente Mozart faleceu antes que a obra finalizasse. Diz-se que este homem era um mensageiro do destino e que o réquiem que iria compor seria para seu próprio funeral, acreditando nisso ou não, temos a certeza de que Mozart - pelo próprio falecimento do pai - aplicou todos os seus sentimentos nesta obra, fazendo com que sua melhor obra fosse a ultima. Quando escutamos Réquiem claramente percebemos o que Mozart queria passar. Neste momento, Mozart consegue atingir a divindade.

Abaixo o vídeo da Réquiem in D minor de Mozart.





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